04 Mai 23 notícias
Os CTT e a Sierra, multinacional que opera de forma integrada no negócio imobiliário, anunciam um acordo para a criação de um veículo de investimento inovador, estratégico e de longo prazo, dedicado à gestão do património imobiliário dos CTT, que inclui cerca de 400 imóveis de logística, retalho e uso misto, distribuídos por todo o território nacional.
Os ativos imobiliários detidos pelos CTT serão integrados neste veículo, pretendendo-se que continuem a ser integralmente consolidados pelos CTT. O Yield Portftolio é composto por 398 ativos com mais de 240 mil metros quadrados de área bruta locável total, com uma avaliação acordada da transação de 139 milhões de euros. O portefólio inclui ativos imobiliários de diversas tipologias, nomeadamente retalho, logística, escritórios e outros, em localizações prime e secundárias em Portugal, estando 55% do seu valor concentrado nos distritos de Lisboa e Porto.
Neste veículo, onde os CTT manterão a maioria do capital, participarão investidores financeiros, institucionais e family offices através de subscrição particular (em princípio até 30%, incluindo a participação de 3,6% da Sierra), cujo investimento fomentará a cristalização do valor dos ativos imobiliários dos CTT e aumentará a flexibilidade financeira da empresa.
João Bento, CEO dos CTT, afirma que “é com enorme satisfação que hoje anunciamos a criação deste veículo para a gestão do património imobiliário dos CTT. Este passo, muito relevante marca, o início da estratégia de valorização destes ativos, com um modelo inovador, que permitirá uma gestão dinâmica do portefólio, acompanhando a evolução das necessidades da empresa e do mercado, quer em Portugal quer em Espanha. A escolha de um parceiro muito experiente na gestão destes ativos permite-nos captar investimento, valorizar o património e dispor de um apoio especializado para necessidades de relocalização para zonas mais interessantes, enquanto mantemos o foco na nossa atividade core.”
Para Luis Mota Duarte, CFO e Responsável pela área de Investment Management da Sierra, “Esta operação enquadra-se na estratégia de crescimento do negócio de Investment Management da Sierra, focada na criação de veículos adaptados aos objetivos de rentabilidade e sustentabilidade de diferentes tipos de investidores. A confiança dos CTT reforça a posição da Sierra enquanto gestora de investimento imobiliário de referência na Península Ibérica e resulta das comprovadas competências que temos nas várias áreas em que atuamos no mercado, desde Investment a Development, Asset e Property Management, que em conjunto perfazem todo o ciclo de desenvolvimento e gestão de um ativo e nos permitem entregar valor estratégico, comercial e operacional, de forma customizada, para melhor garantir uma rentabilidade sustentável.”
A missão da Sierra será maximizar o valor dos ativos geridos, através da otimização da ocupação dos espaços, da captação de novos inquilinos e tipologias de uso, e da procura de oportunidades de expansão, nomeadamente na rede logística em Portugal e Espanha, reforçando assim a atratividade de um produto único no País, para um espectro diversificado de investidores. O lançamento deste novo veículo, com um perfil estável de rendimento, irá permitir reforçar a aposta da empresa na sua área de Investment Management, onde continua a expandir negócio, gerindo atualmente um conjunto de 16 veículos de investimento no valor de 6,3 mil milhões de euros.
Para os CTT, esta transação visa melhorar a eficiência da operação dos ativos imobiliários de retalho e de logística; cristalizar o valor do portefólio de rendimento; melhorar a posição de liquidez dos CTT, aumentando as alternativas para futuras oportunidades de alocação de capital. Além disso, a criação deste veículo permitirá uma avaliação mais clara do valor de oportunidade de cada imóvel e uma procura ativa das localizações alternativas que melhor se adequem às necessidades logísticas e comerciais da empresa.
A transação está sujeita a um conjunto de condições precedentes, incluindo, entre outras, obtenção das autorizações necessárias da CMVM e a não oposição da Autoridade da Concorrência.
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